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Japão protesta contra declaração conjunta de Rússia e China sobre água tratada da usina de Fukushima

O Japão apresentou um protesto à China e à Rússia sobre como uma declaração conjunta dos líderes desses países se referiu à água tratada e diluída da usina nuclear danificada Fukushima 1 despejada no oceano.

A declaração assinada na quinta-feira pelos presidentes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping, descreve a água como tendo “contaminação nuclear” e expressa sérias preocupações. No mesmo dia, os dois líderes haviam realizado uma reunião de cúpula em Pequim.

Na sexta-feira, o secretário-chefe do Gabinete do governo japonês, Hayashi Yoshimasa, disse à imprensa que a referência imprecisa dos dois países sobre a liberação da água tratada e diluída é muito lamentável.

Hayashi disse que, imediatamente após a emissão do documento, o governo japonês apresentou um protesto a ambos os lados através de canais diplomáticos.

Segundo Hayashi, o descarte da água obedece aos padrões internacionais de segurança, e o Japão está divulgando dados de monitoramento relevantes com rapidez e alto grau de transparência.

O secretário-chefe do Gabinete japonês acrescentou que esses esforços obtiveram ampla compreensão e apoio da comunidade internacional e que o governo continuará explicando os esforços do Japão e divulgando dados de monitoramento para a China e a Rússia de forma completa e transparente.

A usina nuclear Fukushima 1 sofreu um derretimento triplo após o terremoto e tsunami de 2011.

A água usada para resfriar o combustível derretido na usina está se misturando com águas de chuva e subterrâneas.

O acúmulo é tratado para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.

Antes de liberar a água tratada no oceano, a operadora da usina a dilui para reduzir os níveis de trítio até cerca de um sétimo do nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para água potável.
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